quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

folha

Minha garganta seca quer gritar. Meus olhos querem chorar. Mas nenhuma lagrima cai quando o esforço é pequeno, o grito é sufocado. Eu quero explodir e deixar vazar toda a colera e a angustia, que a muito tempo fode com o peito e destroi os regalos.
Não há reversão, Não há futuro.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

nada volta, nada muda.

sinto tua ausência, como um soco no peito, minha cabeça dói.

euforia, pó, e ele não percebeu, o quanto isso era enorme, e aumenta mais ainda.

pra você todo meu amor com um gosto amargo.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

ARRULHO BRANCO

Você me fez ser o que eu não achei que seria,
acreditar no que tanto repetia que não existia,
e agora pra você, tudo não passou de pura utopia,

acha engraçado, me ver vomitar agonia?
me fustigar com um sorriso cordial?

sangrar mais do que o estomago revira.
cuspir mais do que a boca cheia de vaidade.
esquina após esquina, fumaça após fumaça
eu me recordo, e desdobro, o quanto poderia ser...
diferente, mas não sinto mais uma inquietação.





passou, como tudo sempre passa.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Lenço de papel

Tão decadente,
E eu me afundava no teu poço,
me afogava no seu amor,
quis ser você,
todas as vezes que gritei,
quis ser você,
todas as vezes que sangrei,
segurava o meu braço,
dizia pra não fazer,
o que mantinha você,
agora acabou,
“Só um ‘tiro’ para a dor”.

domingo, 24 de outubro de 2010

Anti-Amor (1)

O beijo cortante pega o trem e flutua nas estações, procurando um amor que cure sua dor, intenso e desesperador. Não vai chegar a nenhum lugar, só conhece o frio, e a brisa pálida da manhã, cheira a rato morto, com sabor de orvalho estagnado. Ate que paira sobre o vagão da desesperança.