segunda-feira, 10 de agosto de 2015

sete anos

Taquicardia e essa maldita falta de ar,
foi tudo o que restou,
de todos esses anos que dissolvi a vida numa colher,
e a deixei passar por um canudo.
Eu nunca soube o que estava fazendo,
Eu Nunca achei que era sério.
Eu quis morrer.
Mas agora podemos beber,
Há meio ano não vejo um céu estrelado no espelho.

Espero que você não faça nevar hoje...

Pois eu estou bem assim.
Você sabe,
tudo começou com um sujeito,
Que por mais que eu despreze não sai do meu peito.

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Encanta ate os serafins

E de todas as inspirações,
Essa é doce,

e não foi aspirada.
Ilusória e iluminada, 
quanto o brilho nos olhos.
Que embriaga no sol ardente, 
de um dia contente.
As faces se coram de álcool e de calor.
E és belo, meu amor.

Encanta ate os serafins. 
Que se escondem nos jardins,
de quem fingi não sentir,
mas sofre se não dizes que sim.
Voar e não voltar,
só pra beijar a brisa matutina,
e ser livre, 

com um par de asas,
pares de mãos que não se tocam, 

e pares impares.














sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Epiderme

O toque dos lábios no bico dos seios,
O arrepio que percorre o corpo inteiro,
E o desejo que vai de encontro aos dedos.

Pele sem alma,
Que nem rivotril acalma.

Na madrugada, intensa e gelada.
Pitoresco mesmo quando grotesco.

Incandescente...


Ate quando se ouve o tilintar dos dentes. 

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Universo

Tritura meus ossos e me transforma em pó.
Me assombra todas as noites que carrego a lucides na alma,
quando o corpo não existir mais,
quando a única certeza se tornar real.
Eu temo por esse dia,

mas há dias que anseio por ele.
O meu medo é infinito e escuro,
como o universo.

domingo, 3 de agosto de 2014

medo

A coragem se esvai,
há um monstro ao pé da minha cama,
me devora por dentro, e por fora.


O canudo projeta a ilusão,

personifica todo o medo da derrota.

Ainda é tempo de lutar,
quanto tempo terei de perder?

terça-feira, 22 de julho de 2014

eu

Em mim mora o obliquo,
que deseja ser escarrado.


O corpo quente treme.
Teme, pelo fim.
Precoce.
Esperado.


A boca adormece,
mas a mente não.
Vai, Vai longe,
e a milhão.


A Sede é por saliva.
E é pelas coxas que se deve escorrer a emoção.


Em mim mora o desejo não alcançado,
um sentimento velado.
Vomitado com doses de licor.


Por favor, quem nunca quis um amor?

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Narciso de Inverno.


Nenhuma verdade, só há vaidade.

ABOMINÁVEL-ADORÁVEL 

Floresces dentro do meu ser teu anseio,
Tua arrogância criva-se na epiderme,
És perfeito és puro defeito.
Alma desnuda, pele nua,
Tua arrogância és acolhedora
Tua pretensão usurpadora
Roubaras minhas utopias,
me destruíras.
Porque és perfeito, és defeito!

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Cocabilly


A cocaína tá no sangue,
coração transcende pela boca,
a calma se extingue,
é hora de ficar louca.

Essa noite eu não vou parar,
eu não me importo meu amor,
enquanto o psychobilly tocar,
não sentirei tua dor.

segunda-feira, 12 de março de 2012

oco

Estomago vazio. Peito cheio, de angustia, medo, desespero.
A vontade de vaidade toma conta.

Luxuria é aspirada pelo nariz.


E os dedos deslizam por entre as coxas.
Só mais um pouco,
Oco de atenção.

sexta-feira, 9 de março de 2012

Deus?

Por onde andastes pai?
Por que desamparastes teus filhos?
Esqueceste vóis que eles tem fome?
Fostes cruel oh pai.

Não queirais vóis falares de justiça
Que pecado poderias cometer uma criança?
Por que deixais que sofra se há inocência?
Fostes cruel oh pai.

Perdoai esta blasfêmia,
Mas onde estais o amor?
Fostes cruel pai.

Por que deixais vossos filhos padecer?
Fazei que eu possa entender,
Porque és tão cruel pai.

sábado, 3 de março de 2012

adeus

é da imundice que nos acolhe,
do descaso que nos abraça,
provem toda nossa raiva guardada no peito
e vomitada em grandes doses de euforia.

não há culpa, não há preocupação.
só há um coração batendo e querendo parar.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

...

cocaina, cigarro, café,
cravo, canela, e canapé.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

você.


INFERNO - INVERNO
ALMA - LAMA
CIGARRO - ESCARRO
TANTO FAZ

eu quero toda a tua cor
todo teu amor
e sua respiração
na minha boca.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

espelhos quebrados.

você me da medo,
você me da pena,
você me fascina.
eu quis ser você,
mas você me enoja.
eu quis ter você,

mas você nunca soube disso.
e agora sem querer,
vejo no espelho,
teu reflexo.
mas você não existe mais...

tudo que restou,
são seus fragmentos,
nas minhas roupas,
cheirando a cigarro e vomito.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

rascunho da podridão

Esse maldito sol não aquece nossos corações, frios e irônicos. Desejei toda a paixão, joguei fora toda compaixão. Enoja-me pensar o quão desgraçados somos, repulsivos exibindo nossos largos sorrisos amarelos. Um cigarro entre os dedos de unhas roídas, milhares de beijos por debaixo de toda a fumaça, por deus, o que pode existir de mais belo?
 Coração bate sereno no peito, 'isso é um sonho?'
 O gosto amargo do café vem roubar meu ar, sufoca enquanto ele ri. Depois enfia a mão na garganta e arranca sua traqueia numa vã tentativa de me presentear com seus pulmões. Asfixia o amor dentro de mim. Nossa ironia fere. Dói na pele, dói na alma. Mas eu gosto de vê-lo sangrar.
Esse fodido cheiro de mijo não esbanja mais náuseas do que nos. Maldito sol que ilumina nossas faces hipócritas, tão cheias de sujeira e vazias de sentimento. Nossa arrogância foi injetada com vinagre. Vomitemos em todos, nossa grande apatia revirada no estomago, parabéns, conseguimos: é tudo tão fria que congela a brasa da ponta.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

apague a luz.

Eu gosto do ridículo,
eu gosto de papel clichê,
obviedades me atraem.
Coisas complicadas e complexas não me agradam,

tenho preguiça de entender-te,
você sabe...


cê causa confusão,
cigarro causa câncer,
cê causa câncer,
cigarro causa confusão.

domingo, 31 de julho de 2011

chuva, frio, fim.

Recordo de teu insensato tanto faz,
que me devorava os sentidos,

me fez assim tão insegura.

Então voce beija o meu rosto,
morde meus dedos,
e tudo fica bem,
tudo volta a ser como antes,
antes da chuva fina.

Os dias de pedra moida,
sompram agora uma lembrança boa.

Rimos de tudo o que vivemos,
nas noites frias do parque,
nos dias quentes na biblioteca,
e como se o tempo não tivesse passado,
e nos ainda estamos no bar quebrando tacos,
bebados ou baratinados como sempre.

E novamente os dias de pedra moida,
sopram uma lembrança boa.

Agarro-me a você,
como se nada  e ninguem existisse mais,
e teus braços me acolhem de maneira fraternal,
a sua maneira, cuidava de mim,
e é disso que sinto mais falta,
de alguem pra me dizer quando parar.

E os dias de pedra moida,
sopram uma lembrança distante,
de algo que não pode voltar.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

DEPOIS DA METAMORFOSE (2)

 
Se nossos corações são como avidas borboletas,
meu peito abriga um casulo miudo,
fechado entre utopias belas e confusas,
com um enorme buraco corroendo toda a esperança.
 
Se nossos corações são como avidas borboletas,
meu peito voa alvoroçado pelos cantos,
procurando uma janela aberta,
e na luz do sol, conhecer a liberdade soprada pelos ventos.
 

Se nossos corações são como avidas borboletas,

há muito não sei o que é uma sombra fresca.

sábado, 2 de julho de 2011

depois da metamorfose

Nossos corações são como borboletas,
Vagueiam entre a multidão,
E graciosos escolhem onde pousar.

Nossos corações são como borboletas,
Tímidos e risonhos pairam no ar,
apreensivos escondem suas suntuosas asas.

Nossos corações são como borboletas,
Belos, formosos e tristes,
pois sabem que todo amor dura apenas 24 horas.

sábado, 25 de junho de 2011

TE(N)SÃO

 Um bando de agulhas ferozes me beijavam as costas e mordiam todas as minhas lamentações.
 Quando minhas mãos tentavam alcançar toda a sua voracidade que mastiga meus desejos cada vez mais sedentos de sua estranheza comum, meu coração pulava para dentro de suas calças.
 E por mais que eu quisesse te tocar e arrancar-lhe as roupas todas, na sala tão vazia que se enche com meus mais diversos pensamentos maliciosos, meu senso de descendia e fragilidade me apunhalaram as mandíbulas deixando escapar apenas um sorriso tímido cheio de metais.
 Você inalcançável pra mim, então jamais sentirei tua barba roçar na minha nuca, e seus dedos deslizando entre minhas coxas.
 Terrível excitação ao te ver! Rosto, braço, perna e sua voz revirando todo o meu sangue. Minhas pernas tremem.
 Dedos e lábios molhados, enquanto permanecermos acordados, repulsivos e gozados.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

EU

Devora-me uma imensa vontade de gritar. Sufoca meu peito, e derrepente o meu unico desejo é de pegar meu masso escondido e tragar. Tragar toda essa sujeira do mundo. Sinto que em meus pulmões, cheios de angustias adolescentes, ela pode ser filtrada, e toda imundice intolerante deixaria de existir.
 Devora-me uma imensa vontade de amar, mas ninguem, nenhum objeto, nada, uma simples vontade de amar o que chamam de amor.
 Toma- me uma vontade de nadar numa gigantesca piscina de cocaina, e correr como louca, o mais rapido que eu puder, e o mundo as minhas costas estaria se quebrando em pedaços, como cascas de pão francês.

domingo, 27 de março de 2011

Certa do jeito incerto

Vomite em mim tudo o que lhe mantém.Goza em mim todo o meu fracasso. Cospe em meu rosto mais um pouco de ilusão.Meu estomago mastiga e revira duvidas, estou cagando devaneios, fragmentada pela insegurança. Há uma puta confusão em meus pulmões, mas me sinto oca e isso me tornou vil.

sexta-feira, 25 de março de 2011

desgasto-me atoa

 É proposital. Eu adoro me iludir, no fundo eu sei que não há nem uma faisca de esperança. Vejo em minhas utopias como poderia ser. Pedra moida faz meu coração bater. 

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Acorde de sua utopia tétrica e se entupa de Anticolinérgico.



 Devaneios rasgando-me lentamente como facas, cortam as coxas em passo trôpego, penetram na pele como agulhas, e toda cordialidade fustiga feito urtiga.
 Você acorda de um sonho e vê toda futilidade vomitada em suas roupas, sua cabeça lateja e você quer chorar um balde pra se afogar.
E é tão ridículo quanto triste.

sábado, 22 de janeiro de 2011

Ultima parada.


 Eu sou uma puta contradição, com tendência a suicídio espiritual.
 Você uma piada de mau gosto! E está condenado a ser podre e cruel.
 Pode parecer fascinante mas acredite enjoa depois de um tempo.
 Foi meio sem querer mas acabei  me matando depois que você me esfaqueou!

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Ironia e Cadáveres



Todos nos estamos mortos, só que não nos contaram. Todo proletariado zumbi comendo o que é cuspido. Ficaremos terrivelmente putos quando descobrirmos.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

folha

Minha garganta seca quer gritar. Meus olhos querem chorar. Mas nenhuma lagrima cai quando o esforço é pequeno, o grito é sufocado. Eu quero explodir e deixar vazar toda a colera e a angustia, que a muito tempo fode com o peito e destroi os regalos.
Não há reversão, Não há futuro.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

nada volta, nada muda.

sinto tua ausência, como um soco no peito, minha cabeça dói.

euforia, pó, e ele não percebeu, o quanto isso era enorme, e aumenta mais ainda.

pra você todo meu amor com um gosto amargo.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

ARRULHO BRANCO

Você me fez ser o que eu não achei que seria,
acreditar no que tanto repetia que não existia,
e agora pra você, tudo não passou de pura utopia,

acha engraçado, me ver vomitar agonia?
me fustigar com um sorriso cordial?

sangrar mais do que o estomago revira.
cuspir mais do que a boca cheia de vaidade.
esquina após esquina, fumaça após fumaça
eu me recordo, e desdobro, o quanto poderia ser...
diferente, mas não sinto mais uma inquietação.





passou, como tudo sempre passa.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Lenço de papel

Tão decadente,
E eu me afundava no teu poço,
me afogava no seu amor,
quis ser você,
todas as vezes que gritei,
quis ser você,
todas as vezes que sangrei,
segurava o meu braço,
dizia pra não fazer,
o que mantinha você,
agora acabou,
“Só um ‘tiro’ para a dor”.