Recordo de teu insensato tanto faz,
que me devorava os sentidos,
me fez assim tão insegura.
Então voce beija o meu rosto,
morde meus dedos,
e tudo fica bem,
tudo volta a ser como antes,
antes da chuva fina.
Os dias de pedra moida,
sompram agora uma lembrança boa.
Rimos de tudo o que vivemos,
nas noites frias do parque,
nos dias quentes na biblioteca,
e como se o tempo não tivesse passado,
e nos ainda estamos no bar quebrando tacos,
bebados ou baratinados como sempre.
E novamente os dias de pedra moida,
sopram uma lembrança boa.
Agarro-me a você,
como se nada e ninguem existisse mais,
e teus braços me acolhem de maneira fraternal,
a sua maneira, cuidava de mim,
e é disso que sinto mais falta,
de alguem pra me dizer quando parar.
E os dias de pedra moida,
sopram uma lembrança distante,
de algo que não pode voltar.